Manaus, 28 de março de 2024

Tigre Amazônico

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Muitos países investem vultosas somas de recursos na área educacional, especialmente, no segmento tecnológico com o objetivo, cada vez mais, de aperfeiçoar o processo, contribuindo para formar a geração cristal, que vai encurtar todas as distâncias na “aldeia global”, na condução de experimentos que trarão benefícios para a Humanidade e uma oportunidade única de aproveitar a chance de incorporar-se ao mercado mundial, elaborando projetos cuja matéria-prima está disponível em nosso quintal.

No ano 2002 a sociedade estava esperançosa pelo fato da construção de um projeto que era o anseio de anos de  cientistas amazonenses que, agora, criam que iriam transformar a massa cerebral  em novos produtos e que, em cadeia, iriam desempenhar prática revertida em empregos associados aos serviços ambientais para a população interiorana de nossas cidades. No entanto nossa elite apesar de saber de sua importância, ainda não foi sensibilizada para a questão humana da qualidade de vida dos caboclos da região.

Há 14 anos o Centro de Biotecnologia da Amazônia foi criado, mas até hoje, em um jogo de empurra entre os ministérios, não conseguiu personalidade jurídica para funcionar. Como é que o Brasil quer dar um salto de um tigre se não dá o tratamento que é devido a região, agora, relegando-o a terceiro plano jogando-o no colo do Inmetro. São 25 laboratórios que estão inativos,  apodrecendo pela  inexistência de vontade política dos governos.

Os Três Mosqueteiros da Amazônia, – Alfredo Lopes, Osíris Silva e Ozório Fonseca – nunca baixam a guarda, desferindo de suas espadas flamejantes, golpes certeiros, fortes e indefensáveis contra os argumentos ultrapassados das  elites, sobre uma alternativa ao modelo  PIM – Polo Industrial de Manaus. Sem dúvidas se funcionando em toda capacidade instalada, o Amazonas não estivesse passando por essa crise econômica que coloca em risco a liquidez do Estado.  A voz rouca dos cientistas infelizmente ainda não foi ouvida, parece que só a voz das ruas mete medo nos políticos.

É uma vergonha nacional o que o fazem com a Amazônia – sempre relegada a segundo plano, – mas que já chegou até a pagar parte da dívida externa brasileira no período da borracha. Porém sem articulação e sem projeto os governos que assumem a administração do Amazonas não têm força de articulação política e nem poder para se fazer ouvir em Brasília. Quem não sabe que a Amazônia é importante para o Brasil? Mas os estrangeiros é que dão o maior crédito e valor a região patenteando os inventos em outros países, enquanto o Brasil assiste anestesiado, o contrabando do patrimônio dos amazônidas, criando empregos em outros países e colocando em risco a soberania nacional.

Quando é que o Brasil vai aprender a soletrar no ABC da ciência e da tecnologia e colocar em prática o bê-á-bá conceitual de desenvolvimento em bases sustentáveis?

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