Manaus, 28 de março de 2024

Prefácio ao “Ciclo das Águas”

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*Arthur Cezar Ferreira Reis

Elson Farias é a poesia viva do Amazonas. sem desmerecer dos que fazem dos motivos poéticos a sua constante de inteligência, na sua expressão criadora, não é possível deixar de registrar o que há de profundo, de belo e de eterno na obra do poeta.

Minhas emoções, nesse particular, são escassas, muito escassas. Quando li, porém, os versos do poeta, experimentei a sensação de alguma coisa que fala realmente ao espírito e lhe proporciona momentos de abstração de alegria intensa.

No livro de hoje, que as Edições do Governo do Estado estão lançando, Elson Farias afirma-se, com maior intensidade e maior conteúdo de beleza, como a figura de maior categoria entre as figuras novas da geração que promove a revolução intelectual em nossa terra. E essa revolução não é falha em valores, em sugestões, em dignidade cultural. Ao contrário, há nos quer a realizam um grupo admirável de que o Amazonas se deve orgulhar porque realmente reflete a sua decisão de elaborar, aos imperativos de um meio áspero, mas também às seduções de uma natureza violenta que não se pode interpretar na adjetivação inexpressiva, banal, sem propriedade, a mensagem que lhe reflita o estado de espírito e como tal a inquietação da nossa gente.

*O maior historiador da Amazônia. Nasceu em Manaus (08/01/1906) e faleceu no Rio Janeiro (07/02/1993). Autor de mais de cem livros sobre a Amazônia. Ex-governador do Amazonas (1964/1967). Presidiu a SPVEA (atual SUDAM), o INPA e o Conselho Federal de Cultura/MEC. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Amazonense de Letras e dos Institutos Geográficos e Históricos do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Bahia, Ceará e Maranhão. O texto acima foi extraído do seu livro de estreia, “História do Amazonas”, Manaus, 1931.

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