Manaus, 28 de março de 2024

O papagaio de papel

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Poema recolhido da obra “Pedra Pintada (uma viagem à cidade da minha primeira infância)”, ainda inédita.

Com papagaios de papel
apurava uns dinheirinhos.

Na pracinha em frente ao rio
encontrei outro menino.

Não podia comprar nada
e dei para ele um de graça.

Empinei meu papagaio
e o que fez o outro menino?

Como primeira partida
cortou o meu papagaio!

Meu brinquedo de papel
caiu ao largo no rio

que parecia uma lama.

Foi a primeira visão
amargosa da alma humana.

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