Este anuncia as tendências do tempo,
é um pássaro meteorologista,
se pousa no chão e canta, é certa a seca,
se nas àrvores canta, é chuva certa.
É bem mais, é profeta em sua terra,
sabe do verão que virá de sol
e sabe, de muita chuva no inverno.
Ele convive com os papagaios,
mas voa solitário como vive,
gato alado a espreitar lá do alto a presa,
é falcão quando embioca para o golpe.
As mulheres se encantam com seu canto
e se repetem até a mata dentro,
é o canto de um pássaro indefeso,
por isso os homens lhe acham agourento.
*Poeta e ensaísta. Ex-presidente da União Brasileira de Escritores do Amazonas e da Academia Amazonense de Letras. Nascido em Itacoatiara é uma das glórias dessa cidade. Texto coletado do livro “A destruição adiada”, edição da Editora Valer, Manaus, 2002.
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