Manaus, 25 de abril de 2024

O Acauã

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Este anuncia as tendências do tempo,

é um pássaro meteorologista,

se pousa no chão e canta, é certa a seca,

se nas àrvores canta, é chuva certa.

 

É bem mais, é profeta em sua terra,

sabe do verão que virá de sol

e sabe, de muita chuva no inverno.

 

Ele convive com os papagaios,

mas voa solitário como vive,

gato alado a espreitar lá do alto a presa,

é falcão quando embioca para o golpe.

 

As mulheres se encantam com seu canto

e se repetem até a mata dentro,

é o canto de um pássaro indefeso,

por isso os homens lhe acham agourento.

 

*Poeta e ensaísta. Ex-presidente da União Brasileira de Escritores do Amazonas e da Academia Amazonense de Letras. Nascido em Itacoatiara é uma das glórias dessa cidade. Texto coletado do livro “A destruição adiada”, edição da Editora Valer, Manaus, 2002.

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