Manaus, 28 de março de 2024

Meu pai e a Academia

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Meu pai muito amou a Academia de Letras de Belém.

Ele via nesse “ninho” de letras um incentivo à cultura.

E, quando seu presidente,

ali se desdobrou para fazê-la mais famosa.

Os anos se passaram…

Meu pai, que se encantou por Manaus,

ajudou os jovens poetas do Clube da Madrugada

a se fortificarem no ideal, então mal conhecido, de versejar, de

publicar, de declamar.

Por isso, quem diria?

Quando Bruno morreu, em Manaus, de repente,

o seu velório só poderia ser

na Academia de Letras de Manaus.

Disseram-me os poetas e acadêmicos:

não havia motivo de chorar.

Recitamos os versos de meu pai, contamos suas piadas.

Foi uma noite de poesia e de alegria,

mas não deixamos de fazer as preces.

Morria quem soubera unir tão bem

sem divergências e sempre com grandeza

as duas capitais que ele amara.

*Poema extraído do livro “Amazônia e o mundo”, lançado em Belém no dia 21/12/2014.

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