Manaus, 24 de abril de 2024

Da indefinição política

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O ideal é que tivéssemos a eleição de um grande líder nacional para apaziguar a nação e reacender a esperança dos brasileiros por melhores dias. Alguns devem avaliar em sua escolha pessoal qual o candidato menos ruim a ser sufragado nasurnas.

Preocupa o fato de que dados recentes da pesquisa Datafolha mostram que votos brancos e nulos disparam na preferência do eleitorado com 34%, em primeiro lugar, mostrando que os eleitores se declaram sem candidatos. Ressalte-se que votos nulos não anulam eleições, como alguns imaginam.

O percentual é superior à intenção de votos dos candidatos com chance de alcançar o segundo turno. A crise política e econômica do Brasil revela o exagerado descrédito do eleitorado para com a política e os candidatos, e poucos acreditam na capacidade dos gestores públicos para enfrentar o desequilíbrioeconômico e o desemprego.

Lula, preso e inelegível pela Lei da Ficha Limpa, tem 30% de apoio e 36% de rejeição, e se excluído pela Justiça Eleitoral, a liderança fica com Jair Bolsonaro do PSL com 19%, embora com 32% de rejeição, e Marina Silva da Rede com 15%. Ciro Gomes do PDT com 11%, Geraldo Alkimin do PSDB com 7% e Álvaro Dias do Podemos tem 4%.

Apesar de liderar, Bolsonaro para alguns desagrada o mercado por poder ser uma ameaça à estabilidade econômica, tanto que evita entrevistas por não ser convincente na sua visão de economia.

Há candidato que quer combater a violência com distribuição de armas à população, quando será preciso cuidado com as fronteiras, melhor coordenação entre União e Estados, política adequada para os presídios e um Judiciário diligente para cumprir o tempo razoável de julgar.

O desencanto maior se evidencia na pesquisa espontânea, em que não são apresentados os nomes: 46% não têm candidato e 23% dizem que pretendem votar nulo ou em branco.

A popularidade do presidente Temer chegou ao nível de queda que atingiu  a 82% o número de brasileiros que consideram o seu governo ruim ou péssimo, e apenas 3% o consideram bom e ótimo. Não há como deslanchar a candidatura do ex-ministro Henrique Meireles, que até tenta não ser o candidato oficial do governo, pois segue com 1% das intenções de votos.

O quadro eleitoral que se apresenta está indefinido, porque estimativas consistentes só virão após o início da campanha. A exposição televisiva divulgará nomes e propostas, e alguns serão até beneficiados pelo tempo disponível.

O eleitor brasileiro ainda está alheio ao próximo pleito, pois as eleições só entrarão na agenda após a Copa do Mundo e depois do início da campanha que começa em 15 de agosto. Quem vota precisa compreender que além de votar, será relevante acompanhar permanentemente o trabalho e a conduta dos que foram eleitos.

O futuro do país vai depender muito de políticos efetivamente comprometidos com a ética e com projetos direcionados a atender os interesses coletivos e permitir a retomada do desenvolvimento, sem qualquer compromisso com populismos ou radicalismos.

Precisamos ouvir propostas que enfrentem graves problemas com o desequilíbrio das contas públicas, o rombo da Previdência, o financiamento da rede pública de saúde, a recuperação da educação, o restabelecimento dasegurança pública e o saneamento básico.

É lamentável a previsão, porém com os candidatos disponíveis poderemos estar correndo um sério risco de sermos vítimas de mais um estelionato eleitoral.

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