Manaus, 20 de abril de 2024

Incontinência urinária

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A maioria das pessoas acha que a Incontinência Urinária – IU é uma doença comum e própria das pessoas que envelheceram. A IU nada mais é do que a perda involuntária da urina. Primeiro que não é uma doença e sim um sintoma. Vários são os componentes que quando estão em desequilíbrio podem promover este sintoma. Portanto, nas mulheres grandes e multíparas poderá às vezes ocorrer a perda da elasticidade das estruturas de sustentação dos órgãos genitais internos e, por conta disso, ptose da bexiga e do útero, com prolapso destes órgãos através a vagina. Nestes casos certamente teremos a falta de controle da eliminação da urina.

Para ficar bem mais claro, a bexiga é um saco elástico que recebe toda a urina que é filtrada nos rins e que a enviam por dois tubos que se comunicam com a bexiga, a qual tem uma capacidade de reserva de até 600 ml. Acima disto existe um reflexo neuromuscular que abre o músculo detrusor da bexiga, que é a válvula de retenção para controlar o esvaziamento da mesma. Mas a passagem repetida da cabeça do feto na vagina acaba por esmagar o músculo detrusor e facilitar a passagem da urina sem controle total.

No sexo masculino, um dos órgãos que pode crescer com aumento de volume é a próstata que se localiza por trás da bexiga. Este aumento de volume pode comprimir este músculo detrusor e até esmagá-lo, permitindo também desta maneira a IU. Às vezes em consequência da cirurgia radical, nos casos de câncer de próstata, pode restar também a IU como manifestação secundária. Além disto, este sintoma cria grandes constrangimentos aos seus portadores, pelo fato de a amônia contida na urina evaporar rapidamente com cheiro forte e desagradável, limitando as pessoas por exalar este odor tão forte a ficarem cada dia mais segregados em domicílio, na maioria das vezes reclusos dentro de seus quartos, com vergonha dos familiares e dos conhecidos.

Entretanto, existe a possibilidade através de cirurgia de colocar uma prótese no lugar do músculo detrusor para funcionar como válvula de escape quando a bexiga ficar cheia com 600 ml ou mais de líquido urinário. O uso contínuo de sonda vesical com colostomia ou balão que fica acoplado a uma espécie de bolsa pendurada no abdômen e que deverá ser esvaziada de duas em duas horas. Também existem certos medicamentos que quando administrados aos pacientes podem diminuir a eliminação involuntária da urina.

Cuidem-se para não serem vítimas deste tão desagradável sintoma. Pois somos capazes de identificar os incontinentes pelo odor a distâncias.

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