Manaus, 28 de março de 2024

Coronavírus e a natureza humana

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Todo dia, ao acordar, escrita ou não, nós temos uma lista de tarefas a cumprir, as quais, em geral, dizem respeito ao nosso círculo de relações mais fechado (familiar e afetivo) ou ao nosso trabalho. Isso, é claro, já não é coisa simples. É, ao contrário, problemático, extenua, consome a maior parte do tempo e, de regra, pouco tem de prazeroso.

Por outro lado, ao procurar informações, o sujeito de se vê cercado de tragédias. Jornais, revistas, internet, em tudo, parece que o mundo vai acabar… Fiéis, ainda, aos ensinamentos de MacLuhan,   segundo o qual “a boa notícia é a má notícia”, no sentido de que a notícia que tem “audiência” é a notícia ruim, alguns, mas influentes profissionais do ramo, não conseguem, digamos assim, organizar uma agenda positiva, porque, afinal de contas, ainda acontecem coisas boas todos os dias, embora pareçam invisíveis a quem, como a maioria de nós, anda ocupado em resolver problemas individuais, restritos, e, mais do que nunca, vive engolfado nas ondas do pessimismo. E, até, da impiedade.

É curioso, melhor dizendo, é asqueroso e lamentável notar que, diante do surto de Coronavírus, que já ganhou status de pandemia, muita gente “torça” para que um desafeto contraia a doença, como se deu com o presidente Jair Bolsonaro. Logo que começaram as suspeitas de que ele poderia estar com o vírus, surgiram comentários nas redes sociais de gente desejando o seu mal e, logo a seguir, depois dos testes negativos, dizendo-se desapontados com o desfecho do caso…

É gente que não se importa em desnudar em público, a própria alma, imersa em trevas. Não entendem que, aquilo que queremos que aconteça aos outros, acaba, consoante uma lei cósmica imutável, voltando para nós mesmos. Não é por outro motivo, embora pareça uma tarefa dificílima, que o mestre Jesus disse para amar os nossos inimigos e bendizer os que nos maldizem, pois, sabia Ele, recebemos o que emanamos. Se mandamos ao universo energias boas é natural que outras energias da mesma natureza procurarão por nós. Se, ao contrário, enviamos a esse mesmo universo energias negativas, aquelas muitas, em profusão no mundo, serão atraídas sem nenhuma dúvida. Luz chama luz; trevas chama trevas.

Eu penso que, em essência, cada um de nós, pode ser um educador e contribuir para a construção de um  futuro  melhor, daí porque tenho como prática – e proponho aos leitores – adotar igualmente uma nova postura em relação a tudo o que nos cerca, procurando, mesmo no lodaçal, nas impurezas do mundo, as pedras preciosas das ações edificantes, reproduzindo-as sempre que possível, de maneira incansável e sistemática, como cavaleiros do bem. E podemos começar com coisas pequenas, como um bom dia, um abraço, uma palavra cristã, até chegarmos ao ápice, que é o exercício do amor ao próximo.

O que é errado, evidentemente, deve ser divulgado e combatido, pois “o ódio ao mal é amor do bem”, até para autoproteção da sociedade.  Mas não custa lembrar que, num antigo cantão chinês, as pessoas viviam felizes, sem razões para chorar, conta Voltaire, não porque enfatizavam as coisas negativas, mas porque amavam e incentivavam a virtude. E conduziam-se segundo ela. Vamos unir esforços, portanto, numa cadeia global de pensamentos e ações positivas, para que possamos minorar e combater com bom êxito mais essa praga, o Coronavírus, que se espalha em velocidade impressionante.

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