Manaus, 28 de março de 2024

Celulares no trânsito e nas ruas

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O uso do celular foi a maior causa de distração ao volante, de acordo com pesquisa encomendada pela Sociedade de Ortopedia e Traumatologia e apresentada em Congresso de ortopedistas no Rio de Janeiro, no ano de 2011.

Mas ainda hoje há os que teimam em dirigir e falar ao celular ao mesmo tempo e correm risco ao enfrentar situações perigosas por conta da desatenção. O comportamento arriscado é mais comum entre os mais jovens, de 18 a 30 anos.

A realidade demonstra que o celular virou problema para motoristas pelo alheamento que ocasiona. A desatenção causada pelo uso de celulares no trânsito e, especialmente pelas mensagens de texto, matou nos Estados Unidos cerca de 16 mil pessoas entre 2001 e 2007, disseram pesquisadores em setembro de 2010, e foram responsáveis por seis, em cada dez acidentes,  os adolescentes americanos (com idades entre 16 e 19 anos).

Observadores descobriram que motoristas que usam smartphone, antes dos acidentes – para ligar ou mandar mensagens – passam em média quatro dos seis segundos sem olhar para a estrada.

O ortopedista Marcos Musafir do Rio de Janeiro, explica por que distrações do motorista aumentam o risco de acidentes: “O sistema cognitivo está focado no dirigir e de repente é obrigado a mudar a atenção e dividi-la com o assunto que está sendo tratado ao telefone. O motorista imediatamente reduz a marcha, não presta atenção ao trânsito e perde o senso de julgamento de que está em risco”.

Há também um sério perigo de descuido nas calçadas. Dados da Universidade de Washington assinalam que um em cada três pedestres atravessa ruas e cruzamentos falando ao celular, com ameaça à sua própria integridade física. É que o uso do aparelho acarreta inevitável perda de concentração e atenção, com ausência da visão periférica por estar concentrado na conversa, razão por que se perde a noção do perigo.

A grande maioria acaba atropelada, pois atravessa a rua fora da faixa, não olha para os dois lados, por pensar ser mão única, não obedece à sinalização e não presta atenção nas bicicletas.

Não é difícil pessoas se machucarem tropeçando em sarjetas, caindo em buracos ou atingida por um carro que não viu e nem poderia ver, se desatento estava. Também ao usar fone de ouvido, que pode causar um irreversível dano auditivo precoce, deve-se manter o volume baixo para poder ouvir o som do tráfego a sua volta.

O envio de mensagens de texto é a atividade mais arriscada a ser efetuada no momento que se está passando de um lado para outro da rua.

O cérebro está programado a prestar 100% de atenção em apenas um acontecimento. Manusear o celular, conversar e ouvir música em um fone de ouvido são ações que podem distrair o pedestre na rua e gerar consequências graves.

É importante acautelar para o perigo do comportamento distraído no trânsito, e se for necessário telefonar ou mandar mensagem e se estiver caminhando ou dirigindo, pare e saia do fluxo de pedestres e de carros, só voltando a andar ou pilotar, quando tiver concluído a conversa ou a comunicação.

Evitam-se acidentes quando motoristas e pedestres não falam ao celular, enquanto dirigem ou atravessam a rua. Aliás, o assunto pode ensejar uma campanha pública para alertar o uso do celular ao volante e por pedestres desligados, para reduzir o índice de acidentes no trânsito e nas ruas.

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