Manaus, 18 de março de 2024
Poeta místico. Ex-presidente da Academia Amazonense de Letras.

Postagens do autor

Tríptico da cozinha à mesa farta

I  Entre cuias, panelas e bacias, olhai nossa cabocla na cozinha: a Selva provedora a presenteia com relíquias das roças e dos rios. São cachos do verão, feijões do inverno, tomates pra enfeitar sardinhas

O sermão da selva (4)

Bem-aventurados os que sustam o avanço dos desertos, domando a areia e apascentando as dunas com a flauta inumerável de árvores urgentes que frutificam em paz e as cidades protegem e mitigam de chuva

O Sermão da Selva (3)

Bem-aventurados os que sonharam e os que plantaram lagos no Tien Sham, duzentos lagos novos bordejando de bálsamo a grande muralha ressequida e aqueles que descobriram a outra face de Assuan, importante barragem perigosa

O Sermão da Selva (2)

Bem-aventurados os que estudam e aqueles que advertem sobre a imensa mancha do Thar no peito indiano progredindo sua invasão de areia rapinante entre o Ganges purificador e o grande indo deltaico, submetendo a

O sermão da selva (1)

Bem-aventurados aqueles que lastimam e os que combatem o estender-se mortal do Atacama vizinho, com seus dentes carpindo a cordilheira a oeste e suas patas de chuvas evadidas ciscando fogo, foices da invasora branca

Estalagem

Por que chora afinal esse Menino, se lhe trouxeram mirra, incenso e ouro; se há por ele no céu anjos e hinos, e é dele toda a terra e seus tesouros? Por que chora