Manaus, 28 de março de 2024

AAL, vigor renovado

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A Academia Amazonense de Letras (AAL) foi fundada em 01 de janeiro de 1918, com a denominação inicial de “Sociedade Amazonense de Homens de Letras”. Fará em 2018, portanto, 100 anos de existência. Trata-se de uma associação civil sem fins lucrativos e duração indeterminada, cujos objetivos principais são o cultivo do idioma português, a valorização da literatura brasileira e a ampla promoção cultural. Ela possui 40 cadeiras, na origem das quais figuram como patronos grandes vulto das letras regionais e nacionais.

Há duas vagas, em razão do falecimento dos acadêmicos Mário Augusto Pinto de Moraes (cadeira de n° 39, patrono Alfredo da Matta) e Moacir Andrade (cadeira n° 2, patrono Euclides da Cunha). E uma delas, a de n°39,  as inscrições já se encerraram  com um recorde de candidaturas, seis no total: o médico cardiologista, membro da Academia Amazonense de Medicina, escritor e articulista Aristóteles Comte de Alencar Filho; a desembargadora Graça Figueiredo, também escritora e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas; o servidor público e poeta Carlos Almir Ferreira; a magistrada e professora de direito Lúcia Viana; a procuradora do Estado e escritora Sálvia Haddad; e o professor de direito e escritor Antonio Norte Filho.

Pela Academia já passaram e lá estão grandes personalidades  da cultura amazonense de todos os tempos. Há quem diga que faltam alguns nomes. Pode ser, mas o primeiro requisito para que alguém  se torne membro do silogeu, além dos indispensáveis dotes literários, é  a disposição, o desprendimento, a coragem e a grandeza para disputar a vaga, de forma democrática, por meio do voto, com outros eventuais pretendentes, como fizeram seus atuais e valorosos membros.

A saudável concorrência por um espaço em nossa Academia é prova de seu vigor, mesmo chegando ao centenário.  Mais do que isso, revela uma entidade construída em bases sólidas, por vezes conservadora, mas que tem sabido, a passos seguros, renovar seus quadros, rever conceitos e oxigenar suas ideias. Bem a propósito, hoje a Casa Adriano Jorge é presidida, pela primeira vez em sua história, por uma mulher, a professora universitária Rosa Brito.  Sinal também de que a Academia remará, mais ainda, no mesmo rumo da sociedade aberta, interconectada, transparente e participativa em que se encontra inserida.

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