Manaus, 28 de março de 2024

Só refletindo

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Dias atrás ouvi em uma rádio de alcance nacional uma entrevista com o maestro João Carlos Martins que criticou a forma apressada e desrespeitosa como é executado o Hino Nacional especialmente na abertura de atividades sem caráter solene. Esse notável brasileiro construiu um legado artístico para o mundo, infinitamente maior do que esses pseudoartistas que fazem músicas cujo destino é o lixo da história das artes. O maestro João Carlos Martins (e outros brasileiros como Carlos Gomes, Antonio Carlos Jobim, João Gilberto, Baden Powell, p.ex.) é infinitamente mais importante para a música mundial do que as bundas, coxas, seios e rebolados dessas bandas de forró, reggae, punk, funk, etc.. A população emburrecida pela educação deficiente aceita esses falsos valores e seus efeitos colaterais (drogas, promiscuidade sexual, etc.) sem perceber que está sendo manipulada pela mídia financiada com o dinheiro das gravadoras. A entrevista foi algo precioso e, para mim, o único reparo é sobre a indicação dos símbolos nacionais – hino e bandeira – aos quais eu acrescento o escudo, a língua e a moeda, que são igualmente desrespeitados pela sociedade, desde a base até o cume. (Se é que esse cume existe).

 

Fanático por Rádio 

De todos os meios de comunicação de massa, considero o rádio como o mais relevante e mais inadequadamente utilizado. E como sempre que posso, estou ligado, no final da semana passada ouvi a entrevista de um político desta “paróquia” afirmar que o Amazonas e o Brasil poderiam melhorar se os empresários e as empresas investissem mais em programas de inclusão social.

A cada dia e a cada noticia fico mais horrorizado com a qualidade da classe política (no mau sentido) e, na hora pensei que esse “cara”, em vez de dizer  bobagens, deveria estudar para entender os fundamentos da livre iniciativa que direciona as empresas para a eficiência, eficácia e lucro. Quem deve investir no social é o poder público que tira do bolso da população e das empresas, quase um trilhão de dinheiros a cada ano que deveriam ser, em boa parte, destinados para as atividades de governo que portam o futuro (educação, ciência e meio ambiente). Lamentavelmente a classe política bem representada pelo entrevistado, por conta da corrupção, solapa o orçamento público e nem mesmo as atividades voltadas para o presente (saúde, infraestrutura, transporte, energia, saneamento, etc.) são adequadamente atendidas.

 

Fiquei desconfiado 

Como estou sempre duvidando das intenções da classe politica (no mau sentido) penso que por traz da declaração do entrevistado estava escondido o desejo de desobrigar o estado, permitindo que sobrem mais recursos para a depravação dos costumes. A intenção de retardar a CPI da pedofilia eu já descobri.

 

Precisamos mudar 

A sociedade brasileira e a amazonense em particular, precisa encontrar um ponto de virada. Aqui a necessidade de mudar o rumo da história é emblematizada pela infindável batalha em defesa da Zona Franca que é mais bem definida como encenação eleitoreira do que como meio de reverter esse caráter bipolar (maníaco-depressivo) da economia do Estado, desde o tempo da colonização. Passada cada nova crise (depressão) os “defensores” do modelo passam ao ufanismo maníaco, disputando a paternidade ou o cargo de primeiro padrinho do modelo. Enquanto isso os problemas que tornam o modelo friável não são sequer refletidos, pois todo mundo se volta para alardear o crescimento do PIB que dá renda, emprego, lucro e financia campanhas politicas (no mau sentido). Ninguém pensa ou ninguém sabe que crescimento econômico não significa desenvolvimento, pois esses vocábulos têm conceitos divergentes.

Exemplo emblemático desse descaso do poder público com os “entretantos e finalmentes” da economia estadual e do PIM está revelado em três fotografias que recebi da Assessoria de Comunicação do Sistema FIEAM. As imagens incontestáveis e inaceitáveis mostram as voçorocas que destroem ruas do Distrito Industrial prejudicando a circulação da produção, dos trabalhadores e do cidadão que paga  impostos. Sobre esse problema li aqui, no Jornal do Commercio, que a Suframa, o Estado, a Prefeitura e os empresários discutem, sem definir, de quem é a obrigação de consertar as vias por onde transitam os produtos do PIM. Essa questão repete o problema do Centro de Biotecnologia do Amazonas, que continua sem definição sequer da forma de gerenciamento. Muitas vezes disse e escrevi que a “inguinorança as travanca o progressio”. Nos Estados Unidos, por exemplo, 1 (um) em cada 4 (quatro) americanos ignora que a Terra está na órbita do sol, mas lá, esses 25% não tomam decisões importantes. Jaraqui, isto é, já aqui.

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