Manaus, 18 de abril de 2024

Nova Olinda do Norte – que petróleo é esse?

Compartilhe nas redes:

Na terra enlameada de chuva e de petróleo, Adoradoras andaram.

Dois nomes podem representar todas elas: Mônica e Serafina.

 

Serafina ensinou, foi diretora, parteira infatigável,

fez Manaus reconhecer novos cursos de Ensino.

Mônica, como enfermeira e parteira, dela todos diziam:

“É uma doutora!” “É verdadeira médica!”.

 

E as Adoradoras catequistas, professoras, fizeram conhecer melhor

que o Sangue de Jesus tem valor, tem valor!

 

Anos cinquenta, sessenta, na Amazônia.

Nova Olinda sem médico.

E de repente, maravilha: o petróleo jorrou,

nova gente chegou, e a terra do rio Madeira transbordou !

A Amazônia cantava : – nova vida, Nova Olinda, Nova Olinda do Norte!

Prostitutas, doença, novos partos…

Franciscanos corriam, Irmãs corriam, catequistas corriam

no aprendizado do dever que os novos dias exigiam…

 

De repente, porém, os poços são lacrados:

“Não existe petróleo”. – Como?- “Não é rentável!”- bradou a PETROBRÁS.

Desânimo total – um êxodo geral.

 

Mas na terra encharcada de chuva e de petróleo a semente brotou.

A PETROBRÁS cedeu os prédios – eis um novo Hospital

E a Igreja insistiu no seu grande ideal.

 

Serafina, doente, partiu para Manaus, em tratamento.

Na despedida, o Prefeito até um título lhe deu:

“Fundadora de Nova Olinda!”.

 

Nova Olinda se firma em sua História: Nova Olinda do Norte,

onde o petróleo é a força do povo de Jesus

onde o petróleo é o Sangue de Jesus:

um sangue permanente – mas de vida e de amor!

Visits: 89

Compartilhe nas redes:

Uma resposta

  1. Em 1963, estive em Nova Olinda, como geofísico da Petrobras, trabalhando em projetos de exploração simica na região amazônica. Já não havia mais ilusões em relação ao petróleo,testes de formação e produção, haviam determinado o caráter lenticular das ocorrências, com volume insuficiente para produção econômica.Na época, Nova Olinda abrigava a Base de Operações na região amazônica, com intenso transito de lanchas, rebocadores, navios, sondas,etc. Havia a Base, cercada e guarnecida por vigilantes e as aglomerações de moradores do municipio.Funcionários e suas famílias, aventureiros em busca de emprego ou de ganho fácil, uma zona boemia onde as prostitutas, com mencionado no poema, buscavam seu sustento.Era um contraste berrante, entre a cidade e a Base. Fui e voltei diversas vezes, estavámos no rio Abacaxis , pesquisando a região entre este rio e o Madeira. O poema descreve, o que foi a frustação do povo, iludido pela promessa do “ouro negro”, pelas visitas de dois presidentes (Café Filho e Juscelino), mas confiante no exemplo dado por Jesus há 2.000 anos, “um sangue permanente de vida e de amor!!
    Um abraço ao Francisco Gomes!!!
    Roberto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

COLUNISTAS

COLABORADORES

Abrahim Baze

Alírio Marques