Manaus, 29 de março de 2024

Jogada de mestre!

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O brasileiro é um dos seres mais habilidosos quando se trata de esportes, especialmente, se for sobre a paixão nacional que une todas as raças e o sentimento tocando em sol maior, afinado no mesmo ritmo. O desequilíbrio está na malandragem dos cartolas que tiram proveito de tudo para manter o status quo de dirigente esportivo nacional, estadual e até municipal, brincando com o sentimento popular de uma nação devotada ao estilo que, atualmente, virou negócio.

O torcedor canarinho ficou muito decepcionado com a perda do título, pela segunda vez  em nosso território, quando a Seleção Brasileira de Futebol perdeu a oportunidade de obter mais uma estrela na camisa verde-amarela e o  poder ostentar para o mundo a sua maneira alegre de jogar, divertindo o torcedor em todos os continentes.  Mas a questão do sucesso passa pela gestão, já que o evento da bola virou um espetáculo visualizado por milhões de espectadores. E isso interessa aos patrocinadores. Mas que tipo de patrocinadores?

Recentemente foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os desvios de conduta de alguns cartolas do futebol brasileiro, já que dirigentes da FIFA são investigados pelos mais diversos crimes, incluindo empresários que, desde há bastante tempo, participavam de práticas de não conformidade com a Ética. A CPI é presidida pelo Senador Romário Faria (PSB-RJ), já que o PMDB não quis dar a Relatoria para o marrento “baixinho”, por ser contra a bancada da bola e que jamais permitiu que um aliado seu respondesse ou prestasse contas à justiça.

José Maria Marin ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol está preso na Suíça, por uma investigação americana contra os dirigentes da FIFA, por lavagem de dinheiro e outros crimes e Marco Polo Del Nero, atual presidente da instituição no Brasil, pede afastamento da presidência . Algo muito estranho para quem, há meses, prometeu que iria ficar a frente da entidade até o fim do mandato.

A má gestão do futebol brasileiro já vem de longa data e essa prática perversa  é um exemplo para que os dirigentes esportivos nos clubes e, em suas bases,  executem tais  planos, já que não havia punição para essas pessoas. Isso, sem sombra de dúvidas influencia negativamente em toda cadeia esportiva até chegar ao campo de futebol, com resultados pífios para uma seleção que já foi muito respeitada em todo o mundo.

A Alemanha, com quatro títulos, desde há muito vem ensaiando e organizando-se fora das quatro linhas. Vieram inúmeras vezes aqui, copiaram nossas leis esportivas – que são as mais avançadas -, e, com algumas atualizações, implantaram um sistema em que os craques são formados, inicialmente, nas escolas públicas. Brevemente implantarão a Academia Nacional de Esporte, para aperfeiçoamento e difusão em todo o país da formação e das práticas esportivas. O esporte de alto rendimento requer  um planejamento e eles já chegaram lá, que o diga a lembrança do maracanazzo, sofrido em pleno Mineirão.

O Brasil poderia aproveitar a estratégia  e começar pela linha de financiamento dos esportes, como a loteria, via Caixa Econômica Federal; Lei Rouanet  e mais sete instituições no país.  Deste modo cada Escola seria um centro de desenvolvimento esportivo onde os estudantes aprenderiam  teoria e a prática e, após uma seleção criteriosa,  esses atletas formados e informados, estagiariam nas categorias de base dos clubes, mas a parcerias com as IES são fundamentais para o sucesso.  No entanto uma Lei de Responsabilidade do Esporte seria importantíssima para evitar  que haja  vício no processo. E a corrupção seria punida exemplarmente pelo mal feito cometido, sob a fiscalização dos órgãos federais e estaduais.

Em nossas arenas o torcedor ganhou um código. Mas onde está o da cartolagem do futebol?

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