Manaus, 25 de abril de 2024

Frustrações e desafios

Compartilhe nas redes:

Fatos lamentáveis eclodiram uma grave crise econômica que precisamos, no próximo 2017, enfrentá-la e superá-la, com coragem e sacrifícios.

No corrente ano tivemos impeachment, uma grave crise da economia e do desemprego, como herança, manifestações de ruas, prisões de famosos, importantes delações e a fundamental Lava-Jato.

As incertezas oportunizam diversas soluções, não faltando os imprevidentes defensores da volta dos militares ao Poder. Ainda bem que o lúcido comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, assegurou o respeito à hierarquia e à Constituição Federal (art. 142), e que há chance zero de setores das Forças Armadas se encantarem com tal proposta.

Ao publicar a assinatura dos acordos de leniência da Odebrecht e da Braskem nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça americano afirmou que as empresas brasileiras concordaram em pagar US$ 3,5 bilhões para “resolver o maior caso de suborno internacional da história”.

Ganhou importância histórica tal convenção feita pelo MP do Brasil, Estados Unidos e Suíça, após notável cooperação entre os seus órgãos de fiscalização. As empresas aceitaram a punição, por reconhecerem com detalhes a rotina de corrupção que sustentou seus negócios e lucros por mais de uma década no Brasil e em vários países.

Processos criminais serão abertos nos EUA e na União Europeia contra empresários, funcionários e políticos brasileiros, com participação comprovada nessa rede internacional criminosa.

Enquete atual do Datafolha diz que o Congresso Nacional teve a sua pior avaliação, pois 58% dos brasileiros consideram péssimo o trabalho dos parlamentares. A desaprovação recorde é pela corrupção apurada na Lava-Jato, em que alguns alugam mandatos a empresas que pagam serviços com dinheiro escamoteado dos cofres públicos.

Ante o exposto são fortes as frustrações que arrefeceram a ufania dos brasileiros, tanto que recente pesquisa do Ibope revela que o refrão “sou brasileiro com muito orgulho…” está em baixa, com aceitação de 34%, e já esteve com 58%, no ano de 2001. Realmente, corrupção não gera autoestima a nenhum povo.

Apesar dos problemas do ano que se finda, houve momentos de esperança com as investigações que desvendaram maldades da política e até se conseguiu abalar a impunidade histórica dos poderosos, ao levar à prisão autoridades, empresários, banqueiros e personalidades que se achavam inimputáveis.

Há dificuldades notórias para o governo, pois a avaliação da última pesquisa o coloca com um índice de reprovação de 46%, fato que afasta aliados com medo de rejeição nas urnas.

Entre os desafios, não há como ignorar os obstáculos para sobreviver com recursos escassos, contratempos políticos, problemas na saúde, violência e corrupção nas apurações da Lava-Jato.

O presidente busca uma agenda positiva para melhorar sua irrisória aprovação em 14%. A medida que teve melhor repercussão foi a que liberou o saque do FGTS, capaz de movimentar R$ 30 bilhões em 2017.

Será difícil enfrentar a recuperação econômica em meio à crise política, e com a necessidade de recuperar empregos e fazer a retomada do crescimento.

Visits: 14

Compartilhe nas redes:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

COLUNISTAS

COLABORADORES

Abrahim Baze

Alírio Marques