Manaus, 16 de abril de 2024

Demências frontotemporais

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Em Medicina o termo demência tem significado bem diferente daquele entendido pelos leigos, que costumam confundi-lo com loucura. Sob o ponto de vista médico, as demências compreendem um número grande de enfermidades incuráveis que apresentam certas características comuns entre si, mas com peculiaridades distintas umas das outras. Provas disso são as doenças de Alzheimer, a demência vascular e dos corpúsculos de Lewy, as demências de Pick, de Huntington, de Creutzfeld-jacob e a demência frontotemporal, quase todas com etiologia e tratamentos específicos. Esta última tem início insidioso e progressão lenta que, em geral, acomete pessoas acima de 50 anos de idade, mais mulheres que homens, cujos sintomas muitas vezes não são valorizados pela família.

O primeiro sinal geralmente é uma crise de depressão tardia seguida de distúrbios comportanmentais, tais como: desinibição, negligência com cuidados pessoais, sobretudo de higiene, desatenção, agressividade, além de distúrbios cognitivos (rigidez mental, esquecimento, labilidade emocional, alterações da fala). Este tipo de demência está se tornando mais frequente em função do aumento da concentração de pessoas idosas na pirâmide etária de todos os países, incluindo o Brasil. O diagnóstico é preponderantemente clínico, levando em contas as mudanças comportamentais em relação à personalidade do idoso. Esta doença abrange de 5% a 10% de todos os casos de síndromes demenciais e quase sempre o sexo feminino pós-menopausa, cujos sintomas podem inicialmente passar despercebidos.

Um exemplo desta demência, por exemplo, são indivíduos de alta escolaridade e que dirigem veículos, que começam a ter dificuldades de dirigir, de retirar os carros da garagem, batem o veículo com muita frequência e causam muitos acidentes, o que nunca acontecia anteriormente.

É também bastante comum a desinibição, pois muitas vezes os pacientes se masturbam na frente dos membros familiares ou de visitas, o que se torna um escândalo porque eles nem se dão conta do que estão fazendo. Outras vezes é o sadismo comportamental que assusta os que vivem ao redor. O desleixo em se vestir chama muitas vezes a atenção, além do desprezo pela boa prática da ética.

Todo o quadro mencionado acima pode se arrastar até aparecer o distúrbio cognitivo com perda de memória. Fiquemos atentos e mediante algum sintoma anteriormente mencionado é recomendável procurar um médico.

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