Eliezer nos deixou
no dia nove de maio
o poeta repentista
que não precisava de ensaio
fazia a letra na hora
versejava sem demora
ligeiro que nem um raio.
A poesia é Deus quem dá
e o que Deus dá ninguém tira
Eliezer foi um grande
cantador de sua lira
tinha seu manancial
o início, o meio e o final
com ele tava na mira.
Quem privou de sua amizade
hoje chora sua partida
no peito, fica a saudade
no coração, a ferida
na palavra, a oração
no olhar, a comoção
no gesto, a despedida.
Adeus, cantador querido
que batia qualquer tema
o seu verso ficará
ecoando como lema
a conversa bem pausada
segue agora ritmada
a pauta azul do poema.
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Uma resposta
Admirável reconhecimento do menestrel homenageando um repentista que tinha, na arte da embolada, o desafio da contação da história popular. Parabéns!