Manaus, 19 de março de 2024
Poeta e contista amazonense. Membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas.

Postagens do autor

O jardim da minha mãe

Hoje voltei ao jardim, ao que restou do jardim que fora teu santuário. Olha: foram dolorosas as recordações das rosas, que as tinha sempre formosas em tão belo relicário.   Mãe: senti no coração

As marombas

Há controvérsia sobre o primeiro criador de bovinos na Ilha do Careiro, corruptela de Carero, a antiga Uaquiri. Tudo leva a crer, entretanto, tratar-se de Romão José Negrão que, em 1841, requerera ao Governo

Dois poemas

CRIAÇÃO Um dia ela chegou tecendo encanto, na voz ternura, em cada gesto plumas, falou de flores e saudando algumas enfeitou-as com beijos e acalanto.   Sorriu. Vi-lhe o esplendor. Ouvi-lhe o canto de

Fogueira de enchente

Foi no dealbar de 1948. Não, nem tanto. Já era maio, final de maio. A professora Cora Santana, esposa do renomado mestre Martins Santana, o gordo Martins Santana, tão gordo como competente na cátedra

Morenidade IV

Na cor morena os olhos são vitrais esplendendo fulgores diamantinos, quando castanhos – credes? – são divinos! Se negros, lembram gemas sensuais.   Vezes tingem-lh’os laivos florestais de um verde intenso e brilhos hialinos;

Morenidade III

Macia, em ondas brônzeas imagéticas, definindo acidentes primorosos, compensando os desvãos, e os mais formosos, se elevam formações curvas e estéticas.   Oriundas de fontes energéticas, de mistura de genes venturosos surgiu essa mulher,