A Francisco Gomes da Silva
Sol de fazer moça
andar de sombrinha,
mandar curumim
ir de guarda-chuva,
de fazer velhinha
suar no batom,
sol doido de bom!
Sol de fazer a chuva
Correr do chão para o céu.
Sol de fazer belas
estrelas no rio,
de espumas nas balsas
enormes nas águas,
sol sempre agitado
de barro amarelo
danado de belo!
Sol de tostar sementes
Na língua dos passarinhos.
Sol da liberdade
da vida sem metro
mas cheia de rimas,
sol do tacacá,
jambu com pimenta
na Avenida Parque,
sol bamba de craque!
Sol de fazer no rio
a própria água suar.
Sol das entrelinhas
da prosa de bar
na beira do rio,
sol sem metafísica
da livre poesia
cantada entre o povo,
sol forte de novo.
Sol que se faz trigo
em honra do amigo
Uma resposta
Irmão querido.
Visitar seu blog eh sempre uma alegria; aqui “saboreio” cultura, conhecimento e emoção.
Obrigada por me oportunizar momentos de êxtase, tais como: postar um registro feliz de um dos mais lindos Crepúsculos da nossa Velha SERPA e, sabe-lo inspiração para a verve poética de dois “monstros sagrados”: Max Carphentier e Elson Farias.